Livros Escritos

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quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Forças de Convergência I

. . . este é mais um caso de forças de convergência.
Este caso está em meu livro Contos Que eu Conto.
Mais uma vez peço que cada leitor tire suas próprias conclusões.
Um desses casos é o que se refere ao carro que pertenceu a um ídolo da década dos anos 60; James Dean, e se tornou público devido a uma série de acontecimentos inusitados que chamaram a atenção da opinião pública e até hoje o caso continua sendo investigado por pesquisadores no assunto em questão.

James Dean havia comprado um Porsche Spyder assim que terminou as filmagens de Assim Caminha a Humanidade. Entretanto, várias pessoas ao ver o carro comentavam com James que aquele veículo lhes transmitia uma sensação ruim. Úrsula Andrews dizia que assim que viu James no carro, pediu para ela não mais dirigir o veículo, pois ela sentia que algo terrível aconteceria com ele. Antes de se despedir de Úrsula, James prometeu a ela que não mais dirigia o veículo e saiu com o carro seguindo pela rua em velocidade moderada. No entanto, Ursula sabia perfeitamente que não mais veria o amigo com vida.

Outro que chegou a prever o destino trágico de James Dean foi Alec Guinness, que ao ver o carro teve uma premonição dizendo a James que nunca entrasse no carro, e olhando para o relógio disse que era 10h00min de uma sexta-feira, exatamente o 23º dia de Setembro de 1955, que se James voltasse a entrar no carro seria encontrado morto dentro desse veículo no mesmo dia da próxima semana, e na mesma hora.

Transcorrem alguns dias e exatamente no dia 30 de Setembro de 1955, James Dean e seu mecânico de confiança saíram em viagem para a Califórnia com destino a pista de Salinas para competir em algumas provas de amadores. Assim que o trailer que transportaria o carro chegou, James preferiu ir dirigindo ao invés de colocá-lo no veículo que transportaria seu carro até a pista de corrida.

Ele colocou o veículo na pista e seguiu em frente. Dirigindo em alta velocidade, assim que o carro chegou a um entroncamento, veio a colidir frontalmente com outro carro que estava entrando à esquerda para tomar outra pista. No acidente James Dean perdeu a vida e seu mecânico ficou gravemente ferido, o estudante que viajava no outro carro sofreu ferimentos sem muita gravidade.

A morte de James Dean pegou de surpresa todas as pessoas que o admiravam vendo nele o reflexo de uma irreverência em um jovem que usava calça jeans com tênis, empregando gestos espontâneos que o diferenciavam de outros jovens devidamente adaptados nos hábitos de seus pais, mas que logo se identificariam e o copiariam. James lançou a marca da Juventude Transviada, padrão de comportamento do início dos anos 60. Com apenas um filme – Vidas Amargas, conseguiu chegar ao estrelato e se tornou ídolo de uma geração.

O seu empresário viu em James um representante vivo de uma geração e decidiu fazer um segundo filme com ele intitulado Juventude Transviada, primeiro filme na história do cinema a ser feito exclusivamente para uma geração jovem. Depois desse filme James Dean trabalharia em seu terceiro e último filme Assim Caminha a Humanidade, em parceria com Rock Hudson e Elizabeth Taylor. Com esses filmes e mais Vidas Amargas, James Dean passaria a ocupar após sua morte a galeria dos mitos na história do cinema americano a lembrança daqueles que o reverenciam até hoje. Seguramente ele foi o primeiro pop star a ser cultuado após sua morte. Depois vieram Elvis Presley, Jimmy Hendrix, Jane Joplin e outros.

Não só a história, mas também nós que o vimos nas telas dos cinemas, percebemos em James Dean um ser de incrível carisma junto às pessoas que viviam a seu redor, e também para aqueles milhões de jovens espalhados pelo planeta que buscavam um referencial para sua época. Entretanto, pouco se sabe sobre a sucessão de casos que foram ocorrendo com o carro de James após o acidente.

Após o acidente os destroços do carro foram comprados por um senhor chamado George Barris que, por um motivo ou por outro, iria recuperá-lo e os enviou para sua garagem. Assim que o carro chegou ao seu destino imediatamente foi colocado em uma rampa. Em dado momento o veículo escorregou por ela e caindo sobre as pernas do mecânico, as quebrou.

Posteriormente o carro foi desmontado e vendido por partes às pessoas interessadas em comprá-lo. Alguns usariam as peças em seus próprios outros, a manteriam como peças de recordação do acidente.

No ano de 1956, um médico chamado Troy McHenry, comprou o motor do carro e o adaptou em um outro carro que usava para participar de corridas. E quando esse homem participava de uma competição na Feira de Pomona, ao entrar em uma curva veio a perder o controle do carro, e morreu.

Outro médico comprou a transmissão do carro de James Dean e logo após o acidente descrito acima, também veio a sofrer um acidente automobilístico e quase perdeu a vida.

Uma outra pessoa que gostava de carros comprou dois pneus do carro de James e após alguns dias, sofreu um acidente com o estouro dos pneus que explodiram simultaneamente.

Sendo James Dean muito conhecido e ter morrido em acidente rodoviário, veio à idéia de doar o veículo para uma campanha sobre segurança. Ao ser repassado para a polícia rodoviária da Califórnia o carro foi levado para uma garagem. Nessa noite a garagem, incendiou-se, as chamas se propagaram para o prédio vizinho que foi seriamente atingido pelas chamas e mesmo com a perda total da garagem devido ao incêndio e os danos causados no prédio pelo incêndio, o carro de James Dean nada sofreu.

Depois desse sinistro, o veículo foi levado para uma escola e estava sendo exposto para os alunos como campanha de prevenção de acidentes. No entanto, o veículo veio novamente a escorregar da prancha onde estava e caindo sobre um aluno, quebrou o seu pescoço.

O acidente repercutiu e os organizadores resolveram levar o carro para Salinas. Entretanto, o caminhão que transportava o veículo, perdeu a aderência na estrada e o pesado veículo sofreu um acidente arremessando o motorista para fora da cabine que foi esmagado pelo carro que se desprendeu da carroceria do caminhão.

No ano de 1 959, em Nova Orleans, o carro estava sendo visitado por pessoas em uma feira de segurança e esse, sem motivo aparente, desmanchou-se em pedaços a vista dos presentes. O Porsche foi consertado e enviado para uma patrulha rodoviária da Flórida.

Na viagem que liga a cidade de Miami a Los Angeles o carro desapareceu e nunca mais foi encontrado.