Livros Escritos

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terça-feira, 2 de agosto de 2011

Num Local Inusitado

Eis aqui uma projeção que tive esta semana que saiu dos padrões até experimentados por mim diariamente.
Em dado momento do sono recupero a consciência num plano localizado na crosta terrestre. Olho para o lado direito de minha cintura e vejo o cordão de prata ligando-me ao corpo físico.
O ambiente com vegetação típica da Serra do Mar sugere que estou num plano da superfície da Terra. Aliás, vale dizer que sempre que volto de uma colônia localizada nas imediações da cidade de São Carlos – SP passo por essa região que agora estou narrando.
Ao meu redor um pequeno rio corta a mata. No entanto, percebo que não estou ali por acaso e logo percebo que as árvores da região estão sendo sugadas em sua vitalidade por outro vegetal que as envolve não permitindo que proceda a foto síntese e com isso morrem rapidamente.
Alguns colegas de serviço me acompanham. Eles somam o total de cinco. Percebo que estão ali comigo pra me ajudar a resolver uma questão de vampirismo energético que alguns visitantes menos avisados não sabem do perigo que é visitar aquele local sem a devida proteção de um Amparador ou até mesmo desconhecer os procedimentos necessários para salvaguardar sua própria segurança.
Em dado momento começa a chegar ao ambiente um grupo de elementos que sobrevivem da bioenergia dos visitantes daquele lugar. Imediatamente percebo que vai ocorrer uma contenda de meu grupo com o grupo de aproveitadores.
Sinto que estou em desvantagem o que pode comprometer a segurança do meu grupo, pois, além de enfrentar maus elementos do plano extrafísico, terei que zelar pela segurança do grupo e isso poderia dividir minha atenção. Sinceramente, eu preferiria estar sozinho, pois assim teria que cuidar somente de mim mesmo. Mas, agora é tarde para mandar as pessoas que estavam comigo de volta para o corpo físico.
Enquanto fazia essas avaliações passou a minha frente meu cãozinho Sombra como se quisesse chamar minha atenção para algo que eu não sabia. Assim que ele passou entre eu e os vegetais, percebi retração nos vegetais. Aquilo me chamou atenção. Imediatamente notei que ele desejava mostrar que o cheiro expelido pelo seu corpo era o responsável pela retração dos vegetais, pois, ele sabendo de antemão quando da mudança do tempo pra chuva, começa expelir um óleo no pelo a fim de protegê-lo da chuva tendo em vista que ele é animal silvestre.
Imediatamente metalizei meu corpo como se estive há vários dias sem tomar banho e o odor logo se manifestou. Funcionou, pois, os vegetais logo se retraíram. Não perdi tempo e transmiti isso ao meu grupo que logo procedeu ao pedido e assim partimos em direção ao grupo de sugadores de bioenergia do plano extrafísico.
Assim que parei à frente do líder deles eu disse:
- Agora vai ser sua vez.
Visivelmente constrangido ele olhou para mim com seus olhos cor de prata, abaixou a cabeça e percebeu que realmente iria morrer. Foi então que eu o abracei e comecei a expelir bioenergia de meu psicossoma banhado com um cheiro terrível que meu corpo possuía.
Em instantes ele começa a perder a forma humanóide e logo em seguida se desfaz ficando apenas uma poça de um líquido branco.