Livros Escritos

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sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Em Busca Ponto de Equilíbrio

Equilíbrio, o ponto em que as bandas das vertentes se atraem e repelem-se em movimentos devidamente pausados, nas quais as ordens dos fatos ora pende para um lado ora para outro.
No que diz respeito às intuições criadas pelo ser humano essa situação só tende a se firmar depois de algum tempo. No início, o rompimento com estruturas antigas de ordens dogmáticas não costumam suportar a rápida ação da ordem dos fatos que impõe novo ritmo. Então, temos nova ordem que supre as necessidades do antigo em razão do atual e moderno.
No caso do IIPC – Instituto Internacional de Projeciologia e Consciênciologia, essa situação não fugiu ao parâmetro em tela. No entanto, ficou bem visível que para se alcançar certos objetivos não foram poupadas pessoas que muito fizeram pela instituição. Todos nós sabemos de histórias de diversas pessoas, que vieram até nós contadas por elas ou outras. Entretanto, mesmo sabendo de tudo isso, ponderava e indicava outro caminho para ser seguido. Mas, existe um caso que chamou atenção em especial.
Certo dia, recebo do correio, alguns folhetos com fotos e programação de solenidades da primeira década de fundação do Instituto Internacional de Projeciologia. O envelope havia sido despachado de uma agência de correios de São Paulo. Não veio do Rio de Janeiro. Era o aviso de uma comemoração que ia ser realizada no Rio de Janeiro.
Ao ler o conteúdo, verifiquei para minha surpresa, que o evento seria naquele mesmo dia, sexta feira às 20h00min. Olhei para o relógio e vi que já passava das 16h00min. Portanto, não chegaria em tempo hábil, pois, teria que providenciar algumas coisas antes de ir para São Paulo e tomar lugar num ônibus.
Telefonei para o Samuel perguntando se ele também havia recebido algo a esse respeito. Ele respondeu que sim. Perguntei se ele iria ao evento ele disse que iria, mas somente quando terminasse as palestras com seus alunos no Instituto Biológico de São Paulo, e, portanto, só iria no sábado após as 14h00min. Em seguida telefonei para alguns conhecidos, ninguém sabia de nada e não havia recebido qualquer notificação nesse sentido.
O evento aconteceu e o instituto perdeu ótima oportunidade de fazer história, pois, numa só noite todos os antigos fundadores do instituto, entre eles, eu e Sílvia (que já estávamos separados), Samuel, Wagner Borges e outros, poderíamos estar presente para dar um abraço no Waldo. Seria uma noite antológica.
Alguns dias depois, telefonei para o Artur e expliquei o motivo pelo qual não comparecemos. Ele respondeu que muita gente havia faltado. Novamente expliquei que não foi por falta de vontade, foi por falta de ser convidado em tempo hábil.
O Waldo na verdade pagou esse preço por acreditar na continuidade das pessoas em dar prosseguimento ao trabalho que iniciamos. No tocante a esse episódio ele não definiu prazos e não cobrou resultados. Aliás, ele não é bom nessa parte. Deixou rolar e deu no que deu.
Transcorridos alguns meses após esse fato, perguntei a uma amiga como teria sido o evento e como ficou o Waldo ao ver que não comparecemos. Não vou dizer o que ela disse apenas as conclusões ficam por cada uma das pessoas que lerem este artigo.
Particularmente nunca pensei que um dia alguém fosse fazer isso com o Waldo, uma pessoa que também está aprendendo com a vida a evoluir dentro daquilo que ele acredita ser bom e correto. O Waldo não é perfeito. Ele também tem o lado bom. Uma pessoa que por três vezes (segundo a Liza), procurou Chico Xavier em Uberaba para se acertar, e nessas vezes, Chico sempre arrumava uma viagem e, portanto, não podia receber o Waldo. Uma pessoa que ao publicar o livro Projeciologia gastou o equivalente a compra de três apartamentos iguais ao que ele morava na Visconde de Pirajá, Ipanema, Rio de Janeiro. E mesmo não sendo recebido pelo Chico não o esqueceu o mandou que alguém levasse um exemplar até Uberaba. Então Chico ao receber o livro, disse:
- O Waldo é que é feliz, está fazendo o que gosta.
O tempo passou e após a fundação do CEAC, temos o Rio de Janeiro e Belo Horizonte geograficamente, distante dos mandos e desmandos de algumas pessoas que lá de Foz do Iguaçu mandam ordens e mais ordens para serem cumpridas. São bons em dar ordens, fracos no que mais importa a instutição que é, a pesquisa.
Com a morte do Waldo novos caminhos vão surgir e alternativas mais viáveis baterão as portas dos núcleos do Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Isso é uma questão de tempo.
Com a chegada da terceira geração ao CEAC, o astral já modificou bastante. Notei que eles diferem dos demais que são sisudos e aparentam ser muito ocupados. Entretanto, caberá a esses jovens restaurar a antiga imagem do instituto quando da sua fundação.