Livros Escritos

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sábado, 24 de março de 2012

Missão de Reconhecimento em Desfiladeiro

Recupero a consciência na superfície de um desfiladeiro que sempre que posso vou até lá para fazer reconhecimento de suas diversas colônias.
Por várias vezes que lá estive já cataloguei no topo desse desfiladeiro extensa rodovia por onde passam veículos pesados de transportes e hospedagens.
Nele há uma penumbra permanente indicando que tal localidade fica nas proximidades da Terra.
Recentemente iniciei viagem a pé descendo por uma das vielas desse desfiladeiro e pude constatar que ao chegar a planice o mar costuma chegar bem próximo.
Notei também que próximo a esse desfiladeiro existe outra cordilheira que apresenta em sua topografia algo na estimativa em quilômetros que chega a quatrocentos quilômetros, partindo de Santos ao Rio de Janeiro. Diferente do outro desfiladeiro esse apresenta luz solar e seus habitantes estão distribuídos em várias colônias.
No topo dessa cordilheira há uma colônia em que seus habitantes costumam levar vida normal e não dispondo de tecnologia suficiente para melhorar seu padrão de vida. No entanto, são felizes por residirem num lugar banhados de riachos e matas. São alegres e bem receptivos a visitantes não violentos. Costumo transitar por eles sem qualquer problema.
Projetado resolvi ir mais fundo no mapeamento dessa cordilheira e procurar levantar o máximo de pormenores para mapear com mais detalhes essa localidade.
Partindo da análise da primeira colônia que citei logo acima, percebi que o dialeto que seus habitantes empregam para se comunicar não é do meu conhecimento, bem como eles também não entendem o que digo. Então, fica tudo na base da comunicação por vibrações harmoniosas.
Sabendo que mais a frente eu começaria a descer rumo as outras colônias, iniciei volitação rasteira morro abaixo e logo encontrei o rio que costumo me banhar extrafisicamente. O rio quando desce morro abaixo possui margens estreitas e longas corredeiras. Entretanto, quando chega a um ponto da cordilheira com topografia mais estável ele costuma abrir suas margens e as águas descem mais mansamente. Em alguns desses pontos é possível grupos de pessoas aproveitando o que a Natureza extrafísica oferece a elas. Nesses ambientes há também crianças em companhias de seus pais.
Esses locais de acampamentos definitivos de pessoas são totalmente arborizados e bem ventilados. Em algum ou outro ponto a luz solar penetra e toca no solo permitindo a troca de elementos que sustentam a vida se reciclarem.
Também aproveitei esse lugar para tomar mais um banho e pude notar a água tocando no meu corpo, embora não tive a sensação se ela era fria ou compatível com a temperatura do meu corpo. Vale dizer que senti a água tocando na minha pele por uma só vez quando em outra projeção nesse mesmo lugar.
Continuando em minhas observações avancei mais adentro e agora passo a registrar o que antes não houvera tido a oportunidade de observar nas viagens anteriores.
Caminhando morro abaixo por uma estreita viela, em instantes chego a uma colônia que apresentava meia luz. Isso talvez porque a claridade do sol já haver passado por ela.
Andando pela colônia faço minhas observações e noto que se trata de uma colônia em que seus habitantes praticam o naturismo sem restrições. Percebo que as mulheres usam apenas a peça intima que cobre o baixo quadril e os homens andam nus.
Seguindo sempre em frente logo chego ao final da colônia. Nesse momento sinto que meus pés (atenção nesse detalhe) estão pesados. Olho para eles e vejo que estão repletos de um tipo de argila branca que grudou nos meus pés não permitindo que eu consiga, retira-las com o passar as mãos sobre elas.
Ao ver-me debatendo com esse problema uma moça aparentando seus vinte e cinco anos se aproxima de mim, e pede para eu colocar um de meus pés numa pequena piscina que havia no local para que ela pudesse retirar a argila. Obedeci e introduzi meu pé direito na piscina e pouco depois o retirava para a moça esfregar meu pé com uma escova que estava logo acima da piscina. E nesse esfregar meu pé, a moça estando bem próxima de mim, seus seios tocava em meu corpo transmitindo para mim uma suave e prazerosa sensação de bem estar.
Depois de ter meus pés limpos continuei viagem e mais adiante chego a um lugar em que havia uma briga de dois grupos um contra o outro.
Comecei a passar por entre a briga e encontro uma conhecida envolvida na contenda. Tento retirá-la puxando-a pelos pulsos e a deixo na margem da estrada continuando em minha caminhada.
A seguir começo a perder a rememoração desta projeção e tudo indica que logo terei mais dados a respeito desse enorme desfiladeiro.