Livros Escritos

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sexta-feira, 5 de março de 2010

Geração Woodstock

Hoje despertei no físico tremendamente feliz.
O motivo?
Ah, que maravilha ver e ouvir músicas da minha geração sendo cantada por um grupo de jovens no plano extrafísico.
Sou da geração dos anos 60, a que chamo carinhosamente de Geração Woodstock.
A música via e ouvia seguia no embalo tipo Mamas & Papas com um violão puxando a canção e um grupo composto por jovens vestidos à moda da época cantava músicas da nossa geração.
A canção era o original da trilha gravada na Terra que levou o título: “Oh Happy Day” com Mahalia Jackson.
Não só essa música foi anotada pelo compositor que projetado naquele plano a trouxe para o plano físico, mas também as músicas “Yesterday” a qual Paul Mc Cartey, certo dia, perguntou a John Lennon se eles a haviam gravado, pois, ele a tinha ouvido quando dormia. A música “Satisfaction” com Rolling Stones também foi assim. Tudo apanhado em sonho e o pior é que Mick Jager disse ao membro da banda que a música não emplacaria.
Não resta dúvida alguma que grandes composições que ouvimos foram apanhadas no plano extrafísico. Tal qual existem colônias parecidas com a de Campos de Jordão voltadas para a música clássica, existem também colônias para a música contemporânea.
Certa vez um de meus filhos disse para mim:
- Ô pai, que geração a de vocês. Tinham música própria, roupa, carro (Mustang), até droga própria (LSD), tudo foi criado por vocês. Eu nasci na época errada.
Realmente, tudo foi criado por nós. E você leitor já pensou no trabalho que deu para criar um movimento dessa envergadura?
Certamente que aconteceu a interferência de entidades tão poderosas que os Serenões figuravam apenas como intermediários dessas maravilhosas consciências. Sim, consciências que viram a necessidade de criar um movimento que fosse capaz de varrer o mundo das entranhas do pós-guerra.
A Geração Woodstock marcou época. Além da música vieram políticos admiráveis, entre eles, John Kennedy, Martin Luther King, Nelson Mandela, e outros. Tudo isso para consolidar o movimento.
A geração dos anos 60 aqui no Brasil em 20 anos fez mais que a Suíça em 500 anos de democracia que só criou o relógio Cuco. Naquele país não acontece nada. Ser Serenão ali deve ser uma baba, moleza, molezona.
A música é a única linguagem realmente universal que existe, pois, sua linguagem escrita não difere de país para país. E além do mais, ela pode ser estudada individualmente ou coletivamente. E coletivamente quando executada em corais ganham uma dimensão inimaginável devido suas vibrações de ordem vocal.
Ela revigora o ambiente. Torna as pessoas alegres e otimistas. Une as pessoas ao amor. Expressa e expõe sentimentos. Torna as pessoas apaixonadas pela natureza. Não só pela natureza do ambiente, mas pela natureza da pessoa em se descobrir e saber que também pode amar e ter certeza que o seu outro lado da maçã existe.
Bom seria que as instituições voltadas para o estudo da consciência pensassem em desenvolver programas musicais para estimular o desenvolvimento grupal.
Criar e estimular o estudo da consciência empregando corais para harmonizar ainda mais o ambiente. Enfim, mudar um pouco aquele estigma de só estudar consciência pelas idéias e da concentração individual. Isso é forçar demais a mente e torna o ambiente duro e ríspido.
E para terminar este artigo aqui vai uma poesia que escrevi em homenagem aos jovens de minha geração.
A fonte de referência é meu livro “Poesias; Contos e Abordagens” publicado pela editora Universalista.

VASCO VASCONCELLOS


ANOS REBELDES

Tarde de 30Set95.
13h00min


Geração sofrida.
Na época sem guarida.
Onde estás?
Década de sessenta.
Sonhos desfeitos.
Agora sem jeito.
Década de sessenta.
Serenatas.
Vestidos rodados.
Rabos de cavalos.
Rock balada e Neil Sedaka.
Paul Anka reforçava com Diana.
Lá fora Woodstock explodia.
Aqui dentro os explodiam.
Jimi Hendrix e Janis Joplin.
Bob Dylan e Joan Baez.
Joe Cooker e a balada:
“Yon can leave your hat on.”
Muito se fez para nos calar.
Era o início do fim.
Da garota sem jeito que se levantava para dançar.
Do rosto colado.
Do abraço apertado.
Do beijo molhado.
Do namoro no portão.
Agora o sonho desfeito.
Anos rebeldes e os DOI-CODI da vida.
Já não estás sem guarida.
Me orgulho de vocês.
Geração sofrida.