Livros Escritos

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quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Mulher Celta

Alguns momentos de nossa vida são marcados por intensa magia seja no amor, na vida familiar, etc. E esses momentos são únicos e intransferíveis.
Quando menos se espera eis que acontece aquela sincronicidade combinando e se transformando numa única coisa que marca para sempre aquele momento.
Um desses casos aconteceu comigo quando fui ao Rio de Janeiro em meados da década passada acertar algumas coisas no IIPC. A sede já havia saído da Glória e voltado para Ipanema.
Cheguei tarde da noite na rodoviária e meu encontro com a Dra. Glória seria no dia seguinte. Apanhei o frescão na rodoviária que me levaria até o hotel em Ipanema. Só havia eu de passageiro. O carro contava com música devidamente selecionada. E ia ouvindo e admirando a paisagem carioca.
Quando cheguei a Ipanema, mais precisamente nas ruas Prudente de Morais com Vinicius de Morais, começou a tocar no som do ônibus a música “Garoto Maroto” da Alcione. Então, naquele instante aconteceu a fusão do ambiente musical, o ambiente externo da cidade e a paz com que o motorista conduzia o coletivo. Naquela fração de tempo acontece que energias diversificadas, mas de uma só origem se uniram novamente e tudo se resumiu em um único ambiente que parecia estar extático, mas a leveza de seus movimentos indicava que eu estava vivendo um momento excepcional experimentado por algumas vezes na minha vida. E curti o quanto pude.
Outra situação parecida com essa foi alguns anos antes quando fui ao Rio de Janeiro acompanhar o Waldo num simpósio que aconteceria no Rio Centro.
Hospedei-me na cada dele e no dia seguinte fomos para o simpósio. Passamos por vários lugares e na Barra da Tijuca uma pequena floresta chamou-me atenção. Desliguei-me de tudo e comecei sentindo que estava me desassociando do ambiente físico que estava. A Liza dirigia o carro, o Artur do lado direito ficava sempre na dele e no banco traseiro ia eu e o Waldo.
Senti que a floresta exercia tal influência em mim tal qual muitas florestas. Na realidade, quem estava mais ali não era o Vasco e sim, um homem que viveu na Inglaterra na Idade Média. Com a conexão formada eu voltava a uma vida que tive e que sinto saudade. De uma maneira ou de outra, sentia que uma pessoa que viveu comigo naquela época estava para chegar.
Sentimento não se desfaz e se apaga com o tempo. Ele permanece em nós para sempre.
Não sei dizer por quanto tempo fiquei naquele estado. Quando voltei a mim, olhei para o Waldo. Ele estava sorrindo e disse:
- Estava recordando. . .
Não respondi nada. O meu silêncio era prova que estava mesmo recordando de uma de minhas vidas.
Algum tempo antes disso o Waldo em conversa com minha ex esposa disse que eu havia me envolvido com guerra na Idade Média e que isso deu um nó em minha evolução. Até no assunto guerra ele realmente confirmou o que eu já sabia e guardava isso com muita reserva. No entanto, quanto à questão da guerra haver travado minha evolução não foi isso que ocorreu, muito pelo contrário, possibilitou-me dar enorme passo em minha evolução.
Parece estranho dizer isso. Como pode uma guerra em que morreram milhares de pessoas pode contribuir para alguém evoluir? É possível analisar a questão de conflito entre nações de uma maneira que não seja negativa?
Primeiramente é importante perceber a maneira a guerra foi necessária. E nesse episódio a questão foi o domínio da genética saxônica pela brutalidade a toda prova. Para impor sua genética eles recorreram ao extermínio total de quem estava no caminho. Hoje mudam de tática tal qual nós, os Celtas também mudamos. No presente momento os alemães, holandês, americanos e canadenses disseminam a genética herdada dos saxões. E os Celtas em menor número, localizam-se mais no Brasil tendo passado também pelo Peru. Além de que grande número de mulheres celtas cumpre vidas intrafísicas em outros sistemas mais adiantados.
Possivelmente o trabalho delas em alguns sistemas seja para agregar novas variantes de genética e quando regressarem a Terra disseminará essas variantes.
Hoje os Celtas não fixam mais residência em conglomerados por uma questão de recurso tático para não se tornar presas fáceis. Isso já foi decidido em conclaves fora do corpo.

(continua)