Livros Escritos

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quarta-feira, 23 de junho de 2010

Por quê? Ora, porque. . .

A rigor não existe um padrão para o projetor se comportar quando projetado. No entanto, ensiná-lo a entender o universo multidimensional não é tarefa simples Isso porque ele já nasce com sua programação pré estabelecida em relação aos seus experimentos.
Impor a pessoa um roteiro a ser seguido, certamente vai causar problema e isso vai desmotivá-la em sua busca. Isso porque cada um tem seu próprio ponto de vista firmado.
No mundo da projeção consciente cada um deve fazer o seu sistema de trabalho e não fixar-se na filosofia da arte de projetar-se.
Na ciência ocorre justamente o contrário. Exemplo disso é a física moderna na qual os físicos que descrevem o universo, trabalham com elementos da matemática e não com a consciência humana se manifestando no universo. Basicamente eles estabelecem um padrão de relação que seria mais ou menos assim – o universo se comporta de tal maneira, portanto você tem que seguir esse modelo até encontrar algo que melhor explique o que estamos propondo.
Acontece que, no mundo da projeção consciente existe uma lei imutável. O projetor não deve ser preconceituoso.
Em nossa segunda reunião em São Paulo, no início da década de oitenta do século passado na sede da Sociedade Espírita Ramatis, Waldo Viera foi taxativo em afirmar que o projetor não devia ter medo e também não ter preconceito. Isso devido à questão que o projetor, ao ser encaminhado por um Aparador a um centro de umbanda para retirar alguma entidade, iria sentir uma enorme repercussão que o traria de volta ao corpo físico.
Quanto à questão do medo, consegui retirar isso de todas as pessoas que até hoje me procuraram, mas a questão do preconceito realmente não dá mesmo para mudar a cabeça de ninguém.
Uma das questões que mais implica nisso tudo é justamente o preconceito religioso. E os umbandistas ocupam o primeiríssimo lugar na escala de pessoas vítimas do preconceito.
Acredito que a pessoa que critica a umbanda realmente não sabe da importância que ela exerce na vida das pessoas, seja no sentido físico ou até mesmo no sentido extrafísico.
A umbanda é um dos veículos de ligação do catolicismo ao espiritismo kardecista. Isso porque o católico que se encontra em vias de mudança para o espiritismo encontra na umbanda os ritos, as imagens e os cânticos tão comuns no catolicismo. Daí ele não estranhar a mudança. A maioria dos católicos sente dificuldade em entrar no centro kardecismo e notar que suas paredes não têm quadro, não cantam e não tem ritos. Isso porque eles buscam nas imagens o seu ponto de identidade espiritual.
Essa é apenas uma das questões que existem nas religiões as quais umas servem de ponte transitória para outras.
No trabalho de desobsessão as entidades de umbanda são úteis, tanto que isso valeu uma citação de Yvonne Pereira em seu livro “Dramas da Obsessão”, publicado pela FEB – Federação Espírita Brasileira. Nesse livro a autora escreve que Bezerra de Menezes quando enfrenta um trabalho de obsessão grave ele conta com a colaboração de entidades de umbanda, tais como, o índio Pery e seus comandados. Isso porque a situação do ambiente no qual se encontra a família pode ser tão grave que Pery, sempre entra primeiro no ambiente com seus parceiros e retira as entidades mais renitentes para que Bezerra de Menezes possa iniciar seu trabalho.
Certa vez o Waldo buscava a questão da autotransfiguração das entidades. Ele desejava saber o processo. Foi então que apareceu uma entidade e disse para ele:
- Você quer saber como isso acontece, então vou mostrar.