Livros Escritos

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domingo, 19 de setembro de 2010

Aniversário de Namoro

Muitas são as técnicas utilizadas para encontrar alguém para um namoro sério.
Mandar flores, músicas com recados, serenatas e outras coisas mais.
Cada época tem uma técnica que funciona mais, tal qual era o caso da serenata na década de 60 do século passado. A época chamada de “Anos Dourados” a qual tudo que se fazia dava certo.
Certa vez saí de casa e fui visitar meu avô materno numa cidade do interior paulista. Lá chegando, conheci alguns jovens e logo me enturmei. Na época quase ninguém tinha televisão, então o namoro e as serenatas corriam soltas.
Nos sábados dividíamos o grupo em dois, ficando cada grupo composto por quatro pessoas e lá pelas duas da madrugada partíamos para as serenatas. Prá variar no meu grupo tinha um japonês gente fina, boa praça. Mas, o cara não cantava nada e então sobrava para mim.
Nós entravamos na casa da namorada dele e, enquanto um ficava no portão vigiando para ver se não vinha à polícia, pois, naquela época também rolava uma ditadura violenta no Brasil, que por ordem do presidente da República, qualquer grupo de pessoas com mais de três reunidos era para prender, pois, era tudo comunista e subversivo.
Enquanto um vigiava o portão nós entrávamos. Ficava um no violão, eu cantando as músicas do Demétrius e o danado do japonês quieto. A coisa ia sempre bem. Em dado momento a namorada do japonês começava a fazer barulho no quarto, depois acendia a luz dando a dica que iria abrir a janela. E aí eu tinha que me esconder no jardim por entre os grandes vasos para não ser visto. Então ela abria a janela e dava um beijo no japonês, depois fechava a janela e ia dormir.
A coisa ia dando certo, até que um dia minha namorada descobriu. Deu um rolo desgraçado. Ela mandou que o japonês se virasse, ou cantava, ou levava uma vitrola.
Hoje os tempos são outros. No entanto, há cinco anos, exatamente no mês de Setembro de 2005, encontrei minha namorada que estou junto com ela até hoje.
Assim que chegou Setembro daquele ano, comecei a pensar que havia chegado o momento de arrumar uma namorada e depois de alguns dias no horário da Tenepes ativei a formação do campo. Assim que o campo se formou, saí apenas alguns centímetros do corpo físico e expandi as energias do campo. Inicialmente fiz uma varredura em Santos utilizando o campo expansivo. Depois fiz o mesmo com o Estado de São Paulo. E quando saí do nosso estado o campo expansivo se dirigiu para Minas Gerais.
Comecei a seguir atentamente o campo expansivo sendo que ele começou pelo Sul de Minas Gerais, depois passou pela região central daquele estado e se dirigiu para o Norte de Minas Gerais, sempre expandindo. Em dado momento ele estaciona numa cidade cerca de 300 km antes da divisa com a Bahia. Assim que ele estacionou o campo expansivo se transformou em campo informacional, então comecei a sentir resistência na vibração que recebia do campo. Percebi que havia encontrado a pessoa que procurava. Em seguida o campo informacional começou a trazer informações do biótipo dela que era alta e usava cabelo tipo rabo de cavalo.
Ao desativar o campo, perguntei:
- Mas, tão longe.
Alguns dias se passaram e certo dia fui a São Paulo resolver algumas coisas na editora. Depois de tudo resolvido fui almoçar na Paulista. Ao chegar ao Conjunto Nacional, reparei que uma mulher muito bonita vinha na minha direção. Imediatamente notei que ela não era de São Paulo, pois, mulher alguma na Paulista anda de calça jeans, tênis e camisa Pólo. E ainda mais olhando para os prédios.
Fui almoçar e depois do almoço fui até uma livraria no Conjunto Nacional comprar um livro e para minha surpresa ela também estava na livraria folheando um livro.
Foi assim que tudo começou.