Livros Escritos

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quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Projeto de Vida no Plano Extrafísico

Ele recupera a consciência num plano em que está em companhia de sua namorada. Andando pelas ruas de uma cidade extrafísica, diz que está contrariado com sua parceria visto que ela não se dispõe a aproveitar seu potencial mental para evoluir ainda mais do que pode evoluir.
Ela ouve atentamente e não o questiona, pois, sabe que é inútil, ele fechou questão em torno do assunto e não parece ceder frente aos argumentos da namorada.
Em instantes chegam a uma casa e encontram um casal de amigos que também estão projetados. Ao longe há uma estação rodoviária que transporta pessoas de um lado para outro, espertamente ele emprega como instrumento de referência.
Ele a deixa no portão da casa e se retira. Vai à praia em busca de mais firmação para seu ponto de vista.
Na praia, senta na areia e fica pensando por alguns instantes. Depois se levanta e se dirige a uns rochedos banhados pelas ondas do mar a fim de apanhar alguns mariscos. Em seguida, começa a andar pela praia e some pelo horizonte, sempre envolto pelos seus pensamentos.
Depois de muito andar, resolve voltar por dentro do continente. Embrenha-se por uma estrada que vai se alongando. Lá na frente ela se transforma numa enorme pista por onde passam varias conduções transportando entidades do plano extrafísico.
O caminho lhe é familiar, sempre passa por aquela região. Mais uma vez nota que nos acostamentos da rodovia há plantações de diversas árvores, apresentando um ambiente muito saudável e encantado de se ver. Ele passa por uma colônia em que estão seus antigos amigos de trabalho. Depois se depara com a duplicação da rodovia. Ele pára de andar e pergunta onde está. Logo em seguida aparece uma pessoa parecida com um seu antigo colega e lhe presta a informação desejada.
Novamente ele toma a direção que estava seguindo. Durante o trajeto olha para a direita e repara uma imensa cadeia de montanhas, e diz:
- Com essas montanhas aí a frente, não tem como o mar invadir esse local.
E continua andando até chegar à praia. Repara que ainda tem que andar muito para chegar a casa onde deixou sua namorada. Retoma o caminho e, assim que chega, encontra sua namorada aflita por ele ter sumido durante todo o dia e já era noite. Ele entrega o saquinho contendo pequena poção de marisco para seu amigo preparar. Em seguida pega na mão da namorada para conversar. Novamente vai a praia e expõe novamente a situação. Diz que não vai deixar que ela desista de seu projeto de vida visando melhor posição na vida profissional, pois, capacidade ela possui.
Mais uma vez ela o deixa falar e quando termina, ela segura em sua mão e começa dizer que de nada vale subir até o topo da empresa se vai perder o marido, o amante, o namorado, o seu homem. . . ela o terá apenas na presença física, mas não no seu caminho para trilhar com ele o dia a dia e ser amada tal qual deseja ser. Com super status ela fatalmente, terá que assumir vários compromissos que a impedirão também de se dedicar ao homem que ama.
Enquanto falava, ela não só empregava as palavras, mas usando de tanto sentimento, e a cada palavra que dizia, uma luz vinha do interior de seu peito e se espalhava por todo seu corpo. E cada letra se transformava numa nota musical que soava no ambiente como se fosse a mais linda música ouvida por um homem.
Continuando ela dizia. . .
- Eu quero evoluir sim, mas com você junto de mim.
Por quê? Porque nós nos amamos.
E ao mesmo tempo em que lhe tocava as mãos com suas mãos, tocava-lhe o coração com seu amor.
Aos poucos ele vai voltando ao físico. Mantém ainda aquelas palavras, segura o quanto pode a energia de sua mulher amada. E tem a certeza que jamais vai esquecer desses momentos.
O local da casa e a praia?
É Peruíbe, litoral sul do Estado de São Paulo.
Ah, ia me esquecendo. Este experimento não serve para aquele que me pergunta “onde está o romantismo da projeção consciente?”
Este experimento foi escrito para aqueles que acreditam no amor e que esse mesmo amor também pode ser vivido no plano extrafísico, intensificando ainda mais os laços das almas. Foi escrito para aqueles projetores que não tem medo de escrever seus experimentos, mesmo com erros, é verdade. Mas, escrito com o coração, com as letras do sentimento. Pois, ele sabe que suas palavras servirão de guia para outro projetor.
Um projetor se mede pelo que ele faz e não pelo Q.I. intelectual.