Livros Escritos

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domingo, 12 de setembro de 2010

Nota de Falecimento

Esta noite pouco antes de despertar no corpo físico, li essa mensagem no plano extrafísico que dizia o seguinte:
“Morreu em Los Angeles Muhammad Ali, aquele que fez tanto pelo mundo. Mas, não se sabe se o mundo fez tanto por ele.”
Para aqueles que não sabem quem foi esse homem eu posso dizer que foi o maior pugilista de todos os tempos. Alguém tipo Airton Senna que utilizou o esporte para defender sua raça e lutar contra a injustiça dos brancos.
Desde adolescente acompanhei a carreira de M. Ali em que nas Olimpíadas de Roma ganhou medalha de ouro na categoria pesos pesados de boxe. Cassius Marcellus Clay Júnior, americano, nascido no Estado de Kentucky logo se tornou conhecido pela maneira como se utilizava do marketing pessoal para promover suas lutas. Foi sem dúvida um dos expoentes da glória dos anos 60, e passou para a história como um legítimo defensor dos direitos humanos em que vivendo num país publicamente assumido que é racista, ele sempre esteve à frente de seu povo defendendo o negro das humilhações impostas pelo branco.
Quando chegou das Olimpíadas de Roma, sentiu que mesmo ostentando a medalha dourada no peito nada havia mudado, pois, não só ele as vistas do americano era negro, mas também todos assim também eram. Então, passando certa vez por uma ponte ele parou seu veículo, foi até a beirada da ponte, retirou sua medalha e disse:
- Se esse é o passaporte para eu entrar no mundo dos brancos, eu abro mão dele.
E deixou cair sua medalha olímpica sendo levada pelas águas.
Posteriormente se negou a lutar na guerra do Vietnã. Um de seus argumentos era que a guerra não era dele, isso porque nenhum vietnamita o havia chamado de criolo.
Teve seu título cassado e só voltou a lutar anos depois. Foi campeão mundial dos pesos pesados por três vezes. Transformou o boxe na chamada “Nobre Arte” coisa que antes era comparado à briga de rua.
Muito poderia se falar desse homem. No entanto, para aqueles que se interessa em saber a história da vida dele melhor consultar a Wikipédia, ou assistir o filme “O Maior de Todos” e ficarão sabendo que Cassius Clay mesmo empregando o nome que recebeu de seu batismo no Islamismo, Muhammad Ali fez muito pela raça negra ao escolher a África para lutar contra George Foreman no Zaire, luta essa que assisti pela TV em uma noite inesquecível. E naquele continente esquecido pelo mundo, os africanos se sentiram valorizados por saber que um deles havia chegado ao topo do mundo.
Certamente que essas palavras que li no extrafísico “morreu em Los Angeles, Mahammad Ali aquele que fez tanto pelo mundo. Mas, não se sabe se o mundo fez tanto por ele”, palavras essas que já estão escritas no astral em homenagem para recebê-lo novamente quando regressar.
Não sei se ele morrerá em Los Angeles, isso só o tempo dirá. Pode ser que sim, e que não. No entanto, tenho que escrever do jeito que vi no plano astral. Mas que valeu a pena escrever este artigo, isso valeu.