Livros Escritos

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domingo, 5 de setembro de 2010

Moradia Sub Aquática

Recupero a consciência em um plano em que estou em companhia de uma conhecida em uma das residências extrafísicas do Jadir Albino, apresentador do programa “Fronteiras da Ciência” em Santos.
O local não poderia ser mais sugestivo, pois, ao telefonar para ele após o ocorrido do experimento, ele me disse que gosta muito do mar. E estávamos justamente em uma de suas residências, sendo que essa se localiza em algum ponto do Oceano Atlântico.
A casa é uma redoma de vidro e está localizada a uma profundidade na qual podemos perfeitamente a luz solar e os peixes nadando a volta da redoma.
O assunto que estávamos conversando era a respeito da Profecia Celestina a qual, segundo Jadir, ela fala de profecias que estão se confirmando. E que tais profecias estariam abordando a invasão das águas do mar a cidade de Santos?
Eu não discutia e ouvia, mas sou incrédulo nesses assuntos, prefiro seguir a ciência. E os cientistas dizem que realmente Santos vai sofrer o impacto do avanço das águas. Isso sem dúvida alguma vai ocorrer, e já está ocorrendo, mas para mim, é um ciclo da vida que se finda e começa outro.
Isso nada mais é que o resultado de um planeta que está vivo.
Ainda conversamos por algum tempo e depois saímos. Minha consciência não permitiu a passagem do momento que saímos da casa de Jadir até terra firme, mas logo estou voltando com o grupo de pessoas que me aguarda. Estávamos pedalando em bicicletas por uma rodovia. Em dado momento a subida era tamanha que não havia qualquer possibilidade de continuarmos pedalando.
Bem próximo de nós, exatamente a nossa direita, havia uma plantação de planta parecida com cactos do plano físico que possuem folhas grossas e densas com ramificações pontiagudas parecidas com espinhos. Essas ramificações são na verdade sensores que captam energia solar e são armazenas no interior das folhas. A energia no interior dessas folhas passa por um processo de refinamento celular e são transformadas em líquido que além de salvaguardar e proteger as folhas também as mantém vivas com seus nutrientes.
Apanhei uma folha medindo cerca de 20 centímetros de largura por 80 centímetros de comprimento para servir de apoio e meio de transporte. Subi em cima da folha e com a mão direita segurava a bicicleta. Em seguida iniciamos o nosso retorno, agora usufruindo dos benefícios daquele meio de transporte natural que o vegetal nos oferecia. Vale dizer que a velocidade que a folha imprimia em nossa locomoção girava em torno de 10 km por hora.
Voltando pude observar uma colônia que me é bastante familiar e fica próxima de uma montanha. Sempre que posso vou a essa colônia para me distrair um pouco, pois, ela oferece recursos que me são favoráveis a higiene mental. Possuindo moderna estrada por meio de uma serra ela oferece instalações modernas para um projetor desfrutando merecidas férias. Mais ao longe há outra colônia que também oferece belo passeio por entre as matas com riachos e acampamentos para pessoas do plano extrafísico.
Os habitantes de ambas as colônias são amigáveis e não se importam com minha presença. Até parece que sou um deles, mas sei perfeitamente que vou lá só de passagem.
Logo a seguir desperto no físico. Levanto-me e vou olhar no relógio que marca 5h32min da madrugada de domingo de Setembro. Tomo um pouco de água e volto para a cama. . .