Livros Escritos

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quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Zumbis

No que diz respeito à tão falada questão dos zumbis no Haiti realmente eles existem.
Abordando o assunto em questão o cientista Wade Davis, formado pela Universidade Harvad, etnobiólogo e etnobotânico teve sua viagem ao Haiti patrocinada por dois médicos americanos que acreditavam ser a “zumbificação” causada por um poderoso sedativo, uma droga que poderia revolucionar a prática da anestesia cirúrgica.
Alem de chegar até a droga e depois levá-la para os Estados Unidos para ser pesquisada, Davis foi fundo no que diz a “zumbificação” e depois de muito investigar ficou sabendo que essa droga é milhares de vezes mais forte que o veneno do peixe Baiacu que por sua vez é 10 mil vezes mais forte que o Cianureto.
No Haiti a “zumbificação” de uma pessoa pode ser produzida por vingança para se liquidar com o desafeto, isso por motivos pessoais ou não e até em questões de recebimento de herança e outras questões.
Conseguindo entrar e contato com um dos homens que passou por esse processo, Davis registrou que ele ficou descoincidido por sete longos anos, isto é, fora do corpo físico. E consta que foi o único que conseguiu recuperar a consciência no corpo físico além de uma mulher que enlouqueceu quando voltou do processo.
Esse senhor que foi transformado em zumbi segundo relato dele mesmo a Davis, relato esse no sentido que ele havia recebido uma herança e um parente seu para não dividir o dinheiro, encomendou para um curandeiro um processo de “zumbificação” desse senhor. Vale dizer que no Haiti as mulheres não tem direito a receber heranças. Somente os homens desfrutam dessa prerrogativa.
Normalmente o veneno em pó é colocado na soleira da porta da casa da vítima e esse veneno penetra pelos poros vindo atingir a corrente sanguínea. Em seguida a vítima tem as funções de seu corpo totalmente bloqueadas entrando num estado que é dado como morto. Todas suas funções vitais baixam a nível super reduzido e não são detectadas por instrumentos. Em seguida a pessoa é sepultada e fica embaixo da terra até a noite, quando o curandeiro vai até a sepultura da vítima e a reanima com outra substância e a pessoa volta à vida. Entretanto, esse regresso vem somente acompanhado de movimentos do corpo físico de ordem mecânica. A consciência da pessoa fica retida no psicossoma que não consegue mais voltar ao corpo físico. Daí a pessoa é vendida como escravo para algum agricultor pelo curandeiro como forma de pagamento pelos serviços prestados.
Essa experiência rendeu ao cientista um livro intitulado:
“A Serpente e o Arco Íris”, autor: Wade Davis, editora Jorge Zahar Editor, 1985.
Wade Davis é formado pela Universidade Harvard em antropologia e biologia, sendo doutor em etnobotânica.